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01/11/07 - 07h18 - Atualizado em 06/11/07 - 14h08

Profissionais dão dicas para socorrer cães atropelados

Em caso de acidente, o dono que não sabe o que fazer pode acabar sendo mordido.
Para que o animal não escape é importante que use uma coleira adequada.

Luciana Rossetto Do G1, em São Paulo

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Foto: Divulgação/Bitcao.com.br
Divulgação/Bitcao.com.br
Modelo de coleira Gentle Leader é usado em treinamento e passeios (Foto: Divulgação/ Bitcao.com.br)

Durante um passeio descontraído, donos de cães geralmente não imaginam que o animal possa sair correndo pela rua. Muitas vezes, essa 'loucura" acontece porque o bichinho viu uma fêmea ou um gato. Como os cães que vivem dentro de casa nem sempre estão acostumados ao trânsito, eles são atropelados com mais freqüência do que se imagina.

 

Veja galeria de fotos de coleiras

No desespero de tentar salvar o animal de estimação, o dono muitas vezes não sabe como agir e acaba atropelado também ou até mordido pelo cãozinho. Foi o que aconteceu na terça-feira (31) com o marido da atriz Susana Vieira, o policial Marcelo Silva.

Ele teve de fazer uma cirurgia na mão, após ser mordido pelo cachorro da família, Heitor. Silva levou o pastor alemão para passear na praia, mas o cão escapou e foi atropelado. Ele foi mordido na mão e no pé ao tentar socorrer o animal.

O veterinário e presidente da Sociedade Paulista de Medicina Veterinária, Zohair Saliem Sayegh, explicou ao G1 que morder é a maneira natural de cães se defenderem quando sofrem um acidente e estão sentindo dor. Quem tenta ajudar, mesmo que seja o dono, pode ser mordido.

“O cachorro morde quando é tocado porque sente dor e os dentes são a arma que ele tem para se defender”, diz Sayegh. “O ideal é não tocar no animal e chamar um profissional para socorrê-lo. Para não piorar a lesão, é indicado movimentá-lo o mínimo possível até chegar ao veterinário mais próximo”, afirma.

Quando não há alternativa e o próprio dono tem de levar o cão para receber atendimento, o veterinário e árbitro da Confederação Brasileira de Cinofilia, Mauro Anselmo Alves, diz que a primeira providência é tirar o cachorro atropelado do meio da rua.

“Em primeiro lugar, o dono precisa ter cuidado consigo mesmo. Muitos, para tentar ajudar o cachorro, se esquecem da própria segurança e acabam atropelados também”, diz Alves. Para movimentar o cão, ele sugere que o animal seja laçado com uma corda e arrastado até um lugar mais seguro.

“Depois de tirá-lo da rua, é necessário isolar a boca do cão. O mais recomendado é colocar uma contenção adequada, como uma focinheira, ou mesmo amordaçar o cachorro, para que ele possa ser encaminhado para um veterinário”, diz Alves. “Cães estão sempre sujeitos a sofrer acidentes desse tipo e mordem mesmo. O uso de coleiras, mesmo nos cães mais sossegados, é essencial.”

 

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Editoria de arte G1  
G1
Orientações em caso de acidente
Veterinários explicam como deve ser feito o socorro de um cão atropelado:

- Não mexa no cão nem toque nos ferimentos após o acidente
- Se não for possível esperar a chegada de um veterinário, espere até que o animal se acalme
- Lace o animal e o arraste até um local seguro
- Coloque uma contenção adequada para prevenir mordidas, como focinheira
- Tente movimentá-lo o mínimo possível até chegar ao veterinário

Fonte: veterinários Zohair Saliem Sayegh e Mauro Anselmo Alves

 

Se o cão acidentado for um animal desconhecido, o cuidado deve ser redobrado, pois ele pode não estar vacinado e transmitir doenças à pessoa. “Quando alguém é mordido por um animal estranho tem de tomar uma série de remédios para prevenir doenças, como a raiva”, afirma Sayegh.

Em caso de atropelamento, o serviço de limpeza pública da maioria das cidades do país recolhe o animal para ser feita eutanásia. Em caso de morte, o serviço transporta o corpo até o aterro sanitário.

  Coleiras adequadas

Para que o animal não escape é importante que ele use uma coleira adequada. Na avaliação de Sayegh, os produtos oferecidos no mercado atualmente são muito bons e dificilmente se rompem ou apresentam problemas. “Hoje, quando o cão escapa, é porque o dono não soube ajustar a coleira corretamente no animal”, diz.

O veterinário recomenda os “enforcadores”, que são ajustados no pescoço do cachorro e permitem que o dono tenha mais domínio. “Existem produtos feitos com nylon, que são os mais indicados e oferecem grande resistência. Chegam a durar 10 anos sem apresentar problema nenhum, as pessoas trocam para variar as cores”, diz.

Já Alves indica o modelo gentle leader. “É parecido com um cabresto de cavalo e mantém o animal sob controle”, diz. Ele afirma que a coleira menos indicada é a peitoral. “Muita gente deixa o peitoral frouxo e perde todo o controle sobre o cão, principalmente se for de grande porte. Alguns cães conseguem encolher a pata, passar pela coleira e fugir”, afirma.

A treinadora e especialista em comportamento canino, Claudia Pizzolatto, afirma que o dono não deve correr atrás do animal em caso de fuga. “Se o cachorro escapar, o certo é não correr para alcançá-lo, mas chamá-lo de volta no lugar”, diz. “Uma dica é correr na direção contrária. O cão vê que o proprietário quer brincar e corre para junto dele também”, diz.

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