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21/03/2011 - 09h39 / Atualizada 31/03/2011 - 14h33

Google acusa governo chinês de bloquear funcionamento do Gmail

Da Redação

O Google acusa o governo chinês de interferir no serviço de e-mail da empresa, o Gmail. O motivo seria a constante tentativa de impedir a chamada revolução "Jasmine", um movimento libertário baseado nos protestos ocorridos em países do Oriente Médio e do norte da África.

De acordo com o Google, usuários do Gmail na china vêm reportando uma série de falhas no funcionamento do sistema no último mês. Problemas para mandar mensagens, classificar e-mail como “não lidos” ou “spams”, entre outros, estariam entre os mais relatados.  

“Não há problemas com o serviço do Google. Nós checamos extensivamente. O que está acontecendo é um bloqueio governamental criado cuidadosamente para que pareça uma falha do Gmail”, disse um porta-voz da empresa americana. O governo chinês não se pronunciou sobre o assunto.

O anúncio foi feito em um comentário no blog oficial da empresa. A mensagem original do post, publicada de 11 de março, dizia que o Google havia identificado ataques de caráter político a alguns usuários do Gmail e que ativistas eram os alvos principais.

Ainda segundo o jornal "The Guardian", o aplicativo criado pelo Google para auxiliar na identificação de vítimas com as tragédias naturais ocorridas no Japão também foi afetado.

 

Ataques

 

Em janeiro, o Google alegou estar sofrendo uma série de ataques sofisticados provenientes da China. Depois de investigações, concluiu-se que 20 outras empresas, entre blogs, instituições financeiras e de tecnologia, também foram afetadas. Segundo o Google, os ataques tinham como meta afetar pessoas ligadas a movimentos ativistas.

Em fevereiro, dezenas de ativistas políticos foram presos no país depois de cartas anônimas circularem na Internet, convocando os cidadãos a aderirem à chamada revolução “Jasmine”, que organiza passeatas em prol de reformas políticas e combate a censura dos meios de comunicação.

Mais bloqueios

Em 24 de fevereiro, a rede social LinkedIn chegou a ser temporariamente bloqueada na China. Relatos de usuários davam conta da restrição total à rede social. O linkedIn, assim como diversas outras redes sociais de menor porte, foi utilizada para propagar mensagens de ativistas em favor dos movimentos libertários do Oriente Médio e Norte da África.

Facebook e Twitter são outros exemplos de redes que são parcialmente bloqueadas. 

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