As 10 maiores epidemias e pandemias

Curiosidades

As 10 maiores epidemias e pandemias
Saibam um pouco mais sobre as 10 maiores epidemias e pandemias que assolaram o mundo. Desde épocas remotas aos dias de hoje, algumas doenças acabam matando centenas de milhares, ou até milhões de pessoas, até que se encontre uma cura para elas. Algumas são erradicadas, outras apenas controladas, mas o estrago causado por elas é irreversível!

Primeiramente, alguns conceitos:

Epidemia (do grego – epi=sobre + demos=povos) se caracteriza pela incidência em curto período de tempo, de grande número de casos de uma doença. Um surto epidêmico ocorre quando há um grande desequilíbrio com o agente (ou surgimento de um), sendo este posto em vantagem. Este desequilíbrio é comum quando uma nova estirpe do organismo aparece (mutação) ou quando o hospedeiro é exposto pela primeira vez ao agente.

Pandemia (também do grego – pan=tudo/todos + demos=povos) é uma epidemia de uma doença infecciosa que se espalha entre uma população localizada em uma grande região demográfica como um continente ou até o planeta.

Cepa é um grupo ou linhagem de um agente infeccioso, de ascendência conhecida, compreendida dentro de uma espécie e que se caracteriza por alguma propriedade biológica e/ou fisiologia.

Peste de Atenas

O ano era o de 428 a.C. quando tropas do Peloponeso invadiram a Ática e conquistaram o país. Pouco tempo depois, sobreveio aos atenienses um surto da terrível epidemia. Os sintomas eram de dores terríveis de cabeça, olhos vermelhos e inflamados, a língua e a faringe com aspecto sanguinolento, a respiração irregular e o hálito fétido. Seguiam-se espirros e rouquidão. Pouco depois a dor se localizava no peito, acompanhada de tosse violenta; quando atingia o estômago, provocava náuseas e vômitos com regurgitação de bile. A pele não se mostrava muito quente, mas avermelhada e cheia de erupções com feridas. A maioria morria ao cabo de 7 a 9 dias consumida pelo febre. Os que ultrapassavam, o mal descia aos intestinos, provocando úlceras acompanhadas de diarréia que os levava à morte por debilidade.

Não há registros do número de mortos pela peste.

Peste Justiniana

Ficou assim conhecida por iniciar na época do império Bizantino, no tempo do Imperador Justiniano no ano de 542 d.C, espalhando-se pelos países asiáticos e europeus.

A peste Justiniana, segundo o historiador inglês F. Cartwright foi uma peste causada pelo bacilo Yersinia pestis, em suas três formas clínicas: pulmonar, septicêmica e bubônica.

Ao atingir Constantinopla, capital do Império (hoje Istambul), no ano de 543, a peste chegou a causar cerca de 10.000 mortes por dia.

Peste Negra século XIV

Teve início na Ásia Central e espalhou-se pelo mundo. Só na Mongólia e no norte da China, registraram mais de 5 milhões de mortos no ano de 1334. Durante todo o período da epidemia, estima-se que mais de 75 milhões de pessoas tenham morrido. Os dados se contradizem, o que nos assegura que este número possa ser muito superior.

Considerada a maior de todas das epidemias, era transmitida aos seres humanos através das pulgas de ratos e outros roedores contaminados. Os sintomas eram manchas escuras na pele e em outro estágio, “bulbões” (como eram chamados) do tamanho de ovos ou maçãs pelo corpo. Febre, expectoração sanguinolenta e inchaços levavam a morte os doentes de três a cinco dias.

Cólera

A primeira “epidemia global” documentada de cólera ocorrera em 1817 e estendeu-se do sudeste asiático para o mundo. Até 1860, houve 15 milhões de mortos na Índia e dois milhões na Rússia. Causou ainda 120 mil mortes na Espanha em 1885 e de 1899-1923 500 mil russos, 800 mil indianos e 200 mil filipinos contaminados morreram. Em 1961 se estendeu pela Ásia, Europa e África, sendo controlada em seguida. A última pandemia de cólera ocorreu na América Latina em 1991, matando quatro mil pessoas.

Causada por uma bactéria (Vibreo Cholerai) que se multiplica rapidamente no intestino humano, produzindo uma potente toxina que provoca diarréia intensa. Ela afeta apenas os seres humanos e a sua transmissão é diretamente dos dejetos fecais de doentes por ingestão oral, principalmente em água contaminada.

Varíola

Historiadores deduzem que a Peste de Atenas tenha sido o primeiro caso de varíola no mundo. Mas os dados não são comprovados. Sabe-se que no século II e III é confirmada a epidemia na que ficou conhecida como Peste do Século III. Por volta de 1563 a doença chega ao Brasil dizimando grande parte da população nativa. A doença, causada pelo vírus “orthopoxvirus”, ressurgiu em 1824 e se estendeu por quase toda Europa, depois de causar 827 mil mortes na Rússia entre 1804 e 1810. Um novo aumento do número de casos foi registrado durante a Guerra Franco-Prussiana (1870-1871), provocando mais de meio milhão de mortes. Sucessivas campanhas de vacinação permitiram sua erradicação total em 1979.

Os sintomas iniciais são semelhantes aos da gripe, com febre, mal-estar, mas depois surgem dores musculares, gástricas e vômitos violentos. Após infecção do trato respiratório, o vírus multiplica-se nas células e espalha-se primeiro para os órgãos linfáticos e depois via sanguínea para a pele, onde surgem as pústulas típicas, primeiro na boca, depois nos membros e em seguida no restante do corpo.

Gripe Espanhola

Os primeiros indícios da gripe aconteceram em 1918 não se sabendo ao certo em que região do globo iniciou-se, tendo focos difundidos por varias partes do mundo. É causada por uma cepa denominada influenza A H1N1, subtipo de gripe.

A aglomeração de tropas na Primeira Guerra Mundial facilitou sua proliferação. Alguns países, como o Reino Unido, sofreram novas ondas infecciosas até 1920. O total de mortos é estimado entre 40 e 50 milhões, deles 17 milhões na Índia, 600 mil nos EUA e 200 mil no Reino Unido.

A doença ficou conhecida como “gripe espanhola” porque somente a imprensa da Espanha publicava notícias sobre o assunto.

Gripe Asiática

Essa cepa de gripe aviária, denominada H2N2, apareceu no norte da China em fevereiro de 1957. Seis meses depois, tinha se estendido para todos os continentes. Uma segunda onda da infecção surgiu em 1958. Mais de um milhão de pessoas morreram.

Alguns acreditam que o grande surto de gripe na Rússia de 1889-1890 fora causado pelo vírus H2N2, o mesmo que dera origem a Gripe Asiática, mas não se sabe ao certo. A pandemia de 1889 teve início na Rússia e se espalhou rapidamente pela Europa, atingindo a América do Norte em dezembro de 1889 e para a América Latina e Ásia em fevereiro de 1890, matando cerca de 1 milhão de pessoas.

Gripe de Hong Kong

A cepa do subtipo H3N2 surgiu na China, em julho de 1968 e passou para Hong Kong, para depois chegar aos EUA, Europa, Sudeste Asiático, Japão, América do Sul e África. Durante este período morreram 34 000 pessoas vítimas da gripe nos Estados Unidos. Esta ‘reduzida’ taxa de mortalidade foi atribuída a dois fatores: em primeiro lugar, as estirpes das gripes “de Hong Kong” e “asiática” tinham semelhanças genéticas (a imunidade desenvolvida na população contra a estirpe “asiática” pode ter conferido alguma proteção contra a estirpe da gripe “de Hong Kong”); em segundo lugar, pensa-se que uma estirpe de gripe semelhante à do vírus da “de Hong Kong” poderá ter circulado entre os finais do século XIX e os primeiros anos do século XX, havendo ainda algumas pessoas com mais de 60 anos de idade com imunidade residual.

Gripe A

Em 11 de Junho de 2009, causada por um subtipo da influenza A H1N1, foi declarada a primeira pandemia do século XXI pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Mais uma que se soma aos outros surtos deste tipo que afetaram a humanidade ao longo da história. A cada dia, novos casos de mortes surgem por conta da nova epidemia, não nos dando exatidão do número de óbitos por conta da gripe. Há uma grande preocupação com a epidemia para o próximo ano. A OMS alerta os países para que se preparem para uma crise na saúde da população em meados do ano de 2010; números alarmantes podem vir a existir por conta da Gripe A.

Os sintomas da gripe A são semelhantes aos da gripe em geral: calafrios, febre, garganta dolorida, dores musculares, dor de cabeça forte, tosse, fraqueza, desconforto geral, e em alguns casos, náusea, vômito e diarréia. Esse vírus tem uma capacidade de atingir os pulmões e não só pode causar uma pneumonia (que leva à morte pela insuficiência respiratória) como predispõe o pulmão a se infectar com outras bactérias que normalmente não causariam essa pneumonia.

AIDS

A pandemia atinge de maneira avassaladora as regiões e países mais pobres do planeta. Tida como a epidemia globalizada, a AIDS é transmitida pelo vírus HIV que está presente no esperma, secreções vaginais, leite materno e no sangue da pessoa infectada. Todas as formas de contato com estas substâncias podem gerar um contágio.

As principais formas de contágio até hoje são: transfusão de sangue, relações sexuais sem preservativo, compartilhamento de seringas ou objetos cortantes que possuam resíduos de sangue. A AIDS também pode ser transmitida da mãe para o filho durante a gestação ou amamentação.

A AIDS é hoje a mais temida das epidemias desde 1982 quando o primeiro caso foi detectado em São Francisco.

O vírus HIV causou mais de 32 milhões de mortes no mundo desde sua descoberta. Estudos alertam que cerca de 33 milhões de pessoas estejam contaminadas no mundo hoje.

Fonte: BoboLoco