Para ajudar minhas leitoras a não cometer gafes no dia de seu enlace conjugal, farei aqui uma lista com canções que não podem – de jeito nenhum – constar no set list da sua festa de contração de matrimônio. Veja:
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Pare o Casamento – Wanderléia
O som da ternurinha pode até animar os tiozões da festa, mas certamente versos como “senhor juiz este casamento, será pra mim todo meu tormento” soam tão desagradáveis quanto o refrão. É bom a noiva abrir o olho caso alguma ex-namorada do noivo tenha sido convidada.
A versão proibidona ficou bem mais legal que a original, porém o inconveniente já começa no título. As coisas pioram consideravelmente se o noivo se empolgar no trecho “O pau ficando duro, O bagulho tá sério, Vai rolar um adultério…”.
Esta canção é um hino aos relacionamentos mal-resolvidos de amores não correspondidos. Visualise um homem em frangalhos que recebeu uma carta de sua amada anunciando que vai casar. Ele afoga as mágoas num copo de cerveja sob o olhar atento de um garçon. A mesa de bar é o divã e o funcionário que serve as bebidas, o analista. Pode ser a mais inofensiva das canções desta lista, todavia não tem cabimento incluí-la no repertório.
Convite de Casamento – Gian & Giovani
É o tipo da letra onde todo mundo se estrepa. A noiva é a que se fode menos, pois é a gostosona que vai casar com um cara só pelo sexo, mas ama outro. O noivo ganha um atestado de leso, porque não sabe o buraco onde se meteu, e o eu-lírico da canção – o ex-namorado que recebeu o convite do casamento – sofre porque recebe a confissão da mulher na hora errada. Se essa música começar a tocar é necessário que desta vez o noivo abra o olho caso algum ex-namorado da noiva tenha sido convidado.
Dizem que é a canção de amor definitiva. Eu afirmo que é a melhor canção para términos já escrita. O casal viveu uma história de amor intensa e cheia de simbolismo, mas acabou. Então o cara da canção decide rogar um praga: “detalhes tão pequenos de nós dois, são coisas muito grandes para esquecer e a toda hora vão estar presentes, você vai ver”. Deu-se a merda. A partir daquele momento a mulher vai lembrar toda vez que aparecer na rua dela um outro cabeludo (mesmo que o ex seja careca), ouvir o ronco barulhento de um carro (ainda que o ex não tivesse carro), vai ver o sorriso do namorado no retrato e lembrar dele (não importa se o ex foi banguela) e por aí vai.
O trecho “Se alguém tocar / Seu corpo como eu / Não diga nada / Não vá dizer / Meu nome sem querer / À pessoa errada… / Pensando ter amor / Nesse momento / Desesperada você / Tenta até o fim / E até nesse momento você vai / Lembrar de mim…” é o mais sádico de toda a canção. Em outras palavras o eu-lírico garante que ela pode trepar com o outro cara e mesmo que chegue ao orgasmo lembrará dele. Enfim, é uma maldição! Os detalhes nunca sumirão. Então é bom que, pelo menos em seu casamento, a noiva não sofra com os detalhes que a acompanharão pelo resto da existência.
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Fonte: Blog do Pedrox