Informações importantes sobre pneus. Tudo que você precisa saber.
PERFIL E LARGURA:
Como a maioria já viu, nas laterais dos pneus temos gravados essas medidas. Por exemplo:
Se num pneu houver as medidas 195/50/R15, a primeira medida indica a largura do pneu em milímetros. A segunda medida indica a altura do pneu, também chamada de perfil, e representa a porcentagem do perfil em relação à largura. No exemplo dado, temos que o perfil é 50% da largura, logo 195mm x 50% = 97,5mm. Portanto o perfil desse pneu é 97,5mm. A terceira medida indica o diâmetro do aro para qual esse pneu será usado, que no exemplo é de 15″.
O QUE FAZER COM AS BOLHAS??
Normalmente as bolhas são causadas porque a carcaça do pneu sofreu uma quebra e o ar dentro do pneu vazou para a camada de borracha. Quando isso acontece, muitas pessoas recorrem para um processo chamado de vulcanização, que retira o excesso de borracha e tenta diminuir o vazamento do ar. Como dito, o que aconteceu para o surgimento da bolha foi uma quebra da carcaça, que é a parte resistente do pneu, constituída de lonas de poliéster, nylon ou aço. Mesmo tendo o pneu afetado passado pelo processo de vulcanização, não será possível consertar a carcaça do pneu, apenas será possivel diminuir a bolha do pneu de forma a permitir q ele ainda seja utlizado por algum tempo. O mais aconselhável é trocar o pneu com defeito por um novo.
Observações gerais:
PRESSÃO:
O pneu com baixa pressão de 30% leva a uma perda média de 50% na sua vida útil. Com um excesso de 30%, perde-se 15%. A pior condição, e a que mais ocorre, é a de falta de pressão. Entre ainda outras implicações, ela causa também aumento de consumo de combustível e, aliado à alta velocidade, pode levar à desagregação de rodagem. Por isto, deve-se verificar a pressão constantemente, com o pneu frio. Quando quente, o pneu aumenta sua pressão, o que já é previsto na recomendação de pressão a frio.
LIMITE DE SEGURANÇA:
O limite de segurança de um pneu é 1,6 mm de profundidade dos sulcos. Existem ressaltos no fundo dos sulcos que indicam quando o pneu atinge este limite, abaixo do qual o pneu não dá drenagem adequada de água e proporciona elevados riscos.
BALANCEAMENTO:
O desbalanceamento, além do desconforto que traz no volante, causa desgaste irregular e prematuro dos pneus, perda de tração, perda de estabilidade e desgaste mais acelerado dos terminais. Balancear todos os pneus, e não só os do eixo dianteiro.
EFEITOS MECÂNICOS:
Para um bom rendimento dos pneus, deve-se manter o veículo sempre em boas condições de geometria de direção (alinhamento). Os desvios de geometria mais freqüentes, e que causam maior desgaste nos pneus, são camber e a convergência. Irregularidade nos amortecedores, freios e rolamentos também influem no desgaste dos pneus.
EXPLICAÇÃO TÉCNICA SOBRE PNEUS:
– Estrutura: Pode ser de carcaça radial ou diagonal.
Carcaça Radial: Um pneu de constituição radial possui uma carcaça formada por uma ou mais lonas cujos cordonéis estão dispostos de forma paralela e no sentido radial, sendo estabilizada pelas cinturas sob a banda de rodagem.
Carcaça diagonal: Um pneu de constituição diagonal, também chamado de convencional, possui uma carcaça formada por lonas têxteis cruzadas uma em relação à outra.
– Terminologia: Você talvez já tenha ouvido vários nomes como: talões, carcaça, banda de rodagem, etc. Veremos agora o que significa cada um desses nomes.
– Banda de rodagem: É a parte do pneu que entra diretamente em contato com o solo. Formada por um composto especial de borracha que oferece grande resistência ao desgaste. Seus desenhos constituídos por partes cheias (biscoitos) e vazias (sulcos), oferecem desempenho e segurança ao veículo.
– Marcações: Num pneu existem diversas marcações que é bom conhecermos.
1. Nome do Fabricante.
1A. Logotipo do Fabricante.
2. Modelo do Pneu.
3. Características de dimensões e construção.
4. Código de velocidade e índice de carga.
5. Pneu com câmara (TUBE TYPE) e sem câmara (TUBELESS).
6. Posições dos indicadores de desgaste TWI (Tread Wear Indicators): quando atingidos, indicam o momento de troca do pneu em uso (1,6mm de resíduo de Banda de Rodagem).
7. Códigos internos para controle de fabricação.
8. Local de fabricação.
9. Inscrição D.O.T.: Exigência e exportação. Indica estabelecimento de produção, tipo do pneu e período de fabricação.
10. Dados referentes à estrutura do pneu: exigência de exportação.
11. Carga e pressão máximas : exigência de exportação.
12. Registro de homologação: exigência de exportação.
13. Classificação do pneu junto à UTQG (Uniform Tyre Quality Grading): exigência de exportação.
14. Significa “Mud and Snow” (Lama e Neve): exigência e exportação
– Características de dimensões e construções: Provavelmente você já deve ter visto nos pneus uma série de números e letras (item 3 da página anterior). Esse é um código alfanumérico que mostra as características e dimensões do pneu. Veja um exemplo:
Pneu: P 190 / 60 R 14
P : Significa que o pneu é para veículo de passeio
190 : Largura nominal da secção em milímetros
60 : Relação entre a largura e a altura da secção
R : Indica que a carcaça é de construção radial
14 : Indica o diâmetro nominal do aro em polegadas
– Código de velocidade e índice de carga: Além das informações sobre tamanho, um pneu pode ser identificado por uma inscrição contendo um Índice de Carga (ou dois, dependendo se o pneu for de montagem simples ou dupla) e um Código de Velocidade.
Código de velocidade: Indica a velocidade máxima em que o pneu pode rodar com uma carga correspondente ao seu índice de carga sem alterar suas características sob condições especificadas pelo fabricante.
Categorias de velocidade: Indica a capacidade de velocidade dos pneus:de 210 km/h a 240 km/h para pneus V/R e acima de 240 km/h para pneus Z/R e são incluídos na descrição do pneu.
Exemplo: 215/50 ZR 15
Geralmente a descrição composta do Índice de Carga e Código de Velocidade não é utilizada nestes pneus. Para as capacidades reais de carga e velocidade, consulte o fabricante.
– Índice de carga: O Índice de Carga é um valor numérico associado ao máximo de carga que um pneu pode suportar a uma velocidade indicada pelo código de velocidade sob condições de emprego determinadas pelo fabricante.
– Capacidades de carga e limites de velocidade: A capacidade de carga mencionada no Manual do Proprietário é a capacidade máxima permitida “por pneu” para velocidades “até, e inclusive, 210 km/h”.
Para velocidades acima de 210 km/h, a capacidade máxima de carga não deve exceder as seguintes porcentagens das capacidades de carga da tabela, dependendo do tipo de pneu e da capacidade de velocidade do veículo.
Para pneus ZR, as capacidades de velocidade e de carga reais, e a pressão de enchimento dos pneus será acordada entre os fabricantes do veículo e dos pneus (de acordo com suas associações nacionais) levando-se em consideração as características do veículo e o tipo de emprego.
Na ausência de tal acordo, é recomendado que, para velocidades entre 240km/h e 270km/h, as capacidades de carga e as respectivas pressões dos pneus ZR sejam as mesmas dos pneus com código “W”.
– Pneu com e sem câmara: A diferença básica está dentro do pneu. Os pneus sem câmara possuem no interior uma camada de borracha especial, denominada “liner”,que garante a retenção do ar. Devem ser montados em aros apropriados,utilizando válvulas especiais. Pneu com câmara
Pneu sem câmara
Vantagens dos pneus sem câmara
– Conceito “+1 / +2”: É possível realizar conversões de medidas nos pneus uma vez que o diâmetro externo seja mantido ou sofra uma variação de até -3% ou +2%.
O conceito “+1 / +2” evidencia esta conversão de medidas entre aros com caletamento diferente (com +1 ou +2 polegadas). Desta forma, através do aumento do diâmetro do aro e da conseqüente redução da altura da secção, o consumidor obterá uma melhora significativa da performance dos pneus.
– Os 10 Mandamentos para Manutenção Preventiva:
1. A pressão dos pneus (incluindo o estepe) deve ser periodicamente checada quando eles estão frios. Nunca esvazie ou reduza a pressão dos pneus enquanto eles estiverem quentes devido à utilização, pois a pressão normalmente sobe acima dos níveis recomendados devido ao aquecimento.
2. Os pneus devem ser trocados sempre que a banda de rodagem for gasta até as marcas TWI, mesmo que em apenas um ponto da banda.
3. Verificar o estado geral dos pneus periodicamente e/ou após impactos ou desgaste irregular.
4. Balancear os pneus regularmente, ou sempre que forem sentidas vibrações.
5. Quando ocorrerem impactos ou perfurações, verifique também o interior dos pneus.
6. Nunca estacione sobre manchas de óleo ou solvente, pois elas causarão dano aos pneus.
7. Obedeça os limites de velocidade e carga.
8. Sempre que for trocar os pneus, respeite a equivalência de medidas mantendo a mesma medida nas 4 rodas.
9. Estilo de direção e velocidade afetam diretamente a vida útil dos pneus.
10. Verifique as condições dos pneus periodicamente através de um revendedor ou um técnico qualificado.
Observação: Esta matéria foi montada baseada nas informações da Pirelli e no fórum do CeltaClube.