Alguém já comentou que você tem mal hálito?
Você já tentou espionar a si mesmo para tentar identificar se tem o tal do mau hálito? Você desconfiou que logo pela manhã mesmo após escovar os dentes você sente um odor desagradável e acha que é da sua boca? Seguem algumas dúvidas do site da Steticlin e espero que sejam proveitosas para quem sofre desse problema.
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É verdade que mau hálito é sinal de falta de higiene?
Mito. Os fatores podem ser diferentes porém afirma-se que em alguns casos as conseqüências emocionais são fatores que devem ser considerados, pois verifica-se que o portador do mau hálito está, com freqüência, emocionalmente abalado criando um ambiente conveniente para a halitose.
Outros fatores como períodos muito longos em jejum resultam redução da saliva que colabora na formação da placa bacteriana sobre a língua conhecido como saburra lingual (língua branca), que ocorre devido a uma combinação de resto de alimentos e células que se desprendem da mucosa bucal. Onde as bactérias que geram o mau hálito se alimentam destes resíduos e liberando o enxofre em formato de sulforado voláteis que corresponde pela sigla CSV. É neste processo que ocorre a halitose que irá gerar o mau cheiro bucal.
O mau hálito é sinônimo de estômago vazio.
Alguns pensam, imaginam ou ouvem falar que o mau hálito é gerado pelo estômago. Após muitos estudos ficou claro que são raros os problemas de halitose gerados pelo sistema gástrico, porém não pode ser descartada a hipótese, caso o paciente tenha problemas de refluxo gástrico, o que facilita na formação da saburra lingual.
Em alguns casos problemas como: diabete, intestino preso, disfunção renal grave e ausência de vitamina C, podem ocasionar na halitose.
Existe condições de melhorar o mau hálito que acontece só de vez em quando?
Quando o mau hálito não é crônico, mas apenas esporádico, devemos observar uma higiene bucal e lingual adequadas, estimular a salivação de maneira fisiológica, sem o uso de medicamentos podendo ser através do uso de balas sem açúcar, gomas de mascar, gotas de suco de limão com um pouco de sal. Além dessas opções existe uma ameixa japonesa, conhecida como “umebochi” que é muito saudável e ajuda muito.
Além disso cuidar da alimentação, tomar água com mais freqüência numa média 4 horas, evitar comer gorduras, condimentos, alimentos com odor carregado, o excesso de proteína ajudam a evitar a proliferação da halitose.
Escovar os dentes após as refeições, usar fio dental e visitar o seu dentista regularmente a cada 6 meses é um ótimo habito. Pois irá preveni-lo não somente do mau hálito como de outras doenças odontológicas.
Gomas de mascar melhoram o hálito?
Sim. Em primeiro lugar, age como um mascarado do hálito e, em segundo, o que é mais importante, aumenta a salivação.
Halitose não tem cura.
Mito, claro que tem cura. As vezes, atingir a cura demanda um pouco mais de tempo, mas sempre existe a possibilidade de controle. A maior parte das pessoas crê que qualquer dentista está amplamente informada respeito de mau hálito, o que nem sempre é verdade.
O mesmo pode-se dizer em relação aos médicos. O atendimento nessa área é diferente do atendimento odontológico de rotina. Atualmente, muitos estão bastante interessados e estão investindo em conhecimentos sobre o assunto. Assim, se o seu dentista não se achar em condições de lhe oferecer um excelente atendimento, com certeza saberá encaminhá-lo para um colega que tenha feito esse tipo de treinamento.
Quem tem mau hálito dificilmente consegue sentir o odor.
Verdade. Porque o olfato se adapta ao odor, por tolerância. O epitélio olfatório rapidamente se cansa ou fadiga, se acostumando ao odor e falhando na percepção (fadiga olfatória). Em pouco tempo, o paciente com halitose se acostuma ao próprio mau hálito.
Como saber se sou portador de halitose?
A melhor forma é perguntar a uma pessoa sobre seu convívio e de confiança se o seu hálito está alterado e ou costuma ser forte. O portador que é consciente de sua halitose tem um perfil receoso e angustiado. Há pessoas que apenas acreditam possuir halitose. Para ambas as situações é importante o exame e um perfeito diagnóstico.
Todas as pessoas têm mau hálito.
Se considerássemos o hálito desagradável ao acordar, praticamente 100% da população seria portadora de halitose. Por isso, o hálito da manhã é considerado fisiológico. Ele acontece devido à leve hipoglicemia, à redução do fluxo salivar para virtualmente zero durante o sono e ao aumento da flora bacteriana anaeróbia proteolítica. Quando esses microorganismos atuam sobre restos epiteliais descamados da mucosa bucal e sobre proteínas da própria saliva, geram componentes de cheiro desagradável (metilmercaptana, dimetilsulfeto e principalmente sulfidreto, que tem cheiro de ovo podre). São os compostos sulfurados voláteis, conhecidos abreviadamente por CSV. Após a higiene dos dentes (com fio dental e escova), da língua (com limpador lingual) e após a primeira refeição (café da manhã), a halitose matinal deve desaparecer. Caso isso não aconteça, podemos considerar que o indivíduo tem mau hálito e que este precisa ser investigado e tratado.
A saburra é a principal vilã?
Normalmente sim. A causa primária da formação de saburra é a leve redução do fluxo salivar, com a presença de uma saliva muito mais rica em mucina (“gosmenta”) e que facilita a aderência de microorganismos e de restos epiteliais e alimentares sobre o dorso da língua. É bom que se diga que existem vários graus de redução do fluxo saliva; quando a redução é severa (de 0 a 0,3 ml/minuto, sob estímulo mecânico), já não encontramos saburra, mas sim, outros tipos de desconforto. A medida do fluxo salivar (sialometria) deve ser feita por um profissional habilitado para isso. Também é importante a avaliação das causas da redução do fluxo salivar para que se possa decidir sobre o tratamento. Uma causa bastante comum é o “stress” constante.
Como se livrar da saburra e do mau hálito?
Existem pelo menos 3 abordagens:
1. Remoção mecânica da saburra por meio de limpadores linguais. Existem vários modelos de limpadores linguais disponíveis no mercado americano; no Brasil, encontramos um limpador lingual muito eficiente (modelo em forma de “V”).
2. Manutenção da superfície lingual o mais oxigenada possível, com o uso de oxidantes. Existem vários oxidantes no mercado que podem ser úteis para esse fim; desde a água oxigenada (usada diluída), o Amosan, até os de última geração (geralmente formulações com um componente antimicrobiano e um oxidante potente). Provavelmente, em pouco tempo, encontraremos no mercado, à disposição apenas dos profissionais, um desses produtos, com o nome de “SaudBucal”.
3. Identificação da causa da redução do fluxo salivar para que se possa estabelecer o tratamento adequado. As duas primeiras abordagens garantem um hálito agradável; porém, exigem a manutenção desses cuidados. A terceira abordagem, uma vez realizada com sucesso, garante resultados mais duradouros, sem a necessidade de manutenção do uso de produtos para o controle de saburra, porque esse procedimento corresponde à eliminação da causa primária.
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Fonte: O Buteco da Net